Uma
das descobertas mais notáveis da Idade Média – a pólvora – chegou da China à
Europa através de atalhos. Havia mais de dois mil anos que ali se descobrira a
pólvora, onde já se viam os primeiros foguetes (chamados de setas de fogo).
Logo se seguiram os primeiros usos bélicos, inicialmente com o intuito apenas
de inspirar medo. No fim do século XIII surgiram as primeiras armas de fogo
simples, encontradas por navegadores holandeses e distribuídas na Europa.
O
monge Berthold Shwarz, de Friburgo, fez tantas experiências com a pólvora, que
ao final tinha canhões diante de si. A produção de pólvora e canhões era
lucrativa, porém ilegal. O monge é acusado pela Inquisição e julgado pelo seu
crime.
Outro
monge, Roger Bacon, também fez experiências na Inglaterra. Olha só o que ele
registra:
“Deixa que o peso total seja
trinta, mas de salitre tomem-se sete partes, cinco de carvão de lenha novo, e
cinco de enxofre e chamarás o trovão e a destruição quando conheceres a arte.”
Claramente
o canhão modificou os métodos de condução das guerras. Uma das principais consequências
é o declínio dos cavaleiros – afinal, já não eram mais tão necessários.
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