Ao contrário do que muitos pensam, o Imperador Nero não incendiou Roma. Na verdade, nem na cidade ele estava.
O incêndio de Roma foi um dos maiores da história, devido sua amplitude, duração e consequências.
O fogo começou em um estoque de materiais inflamáveis (óleo, madeira e lã) e, com a força dos ventos, logo se alastrou. Os romanos entraram em choque e, na correria, muitos foram pisoteados. A multidão, escuridão e fumaça, somadas, dificultavam a ação dos bombeiros, além de a água ser escassa.
Mas no dia 18 de julho de 64 Nero estava em outra residência, a 50 km de Roma. Chegou somente na madrugada do dia seguinte, já decretando medidas de emergência.
O fogo perdurou por 10 dias, deixando cerca de 200 mil romanos sem casas e destruindo obras de arte e monumentos.
Os rumores de que Nero teria incendiado Roma ocorreram logo no início do ocorrido, quando alguns juravam ter visto os escravos de Nero lançando estopas em chamas pelas ruas. Outros afirmavam que viram Nero no alto de uma torre, tocando lira enquanto assistia a cidade arder. A nobreza romana propagou os rumores contra Nero - a mesma nobreza que, no ano seguinte, organizaria uma conspiração para matar o imperador.
Com medo do que poderia acontecer, devido a essas especulações, Nero resolveu fazer um espetáculo e incriminar a comunidade cristã: entre 200 e 300 cristãos foram julgados e condenados à morte.
Ou seja, a causa do incêndio, aparentemente, foi um infeliz acaso.
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