No período paleolítico (pedra lascada), entre 13 e 12 mil anos atrás, o vestuário era composto, basicamente, por couro de animais caçados. Os homens retiravam a pele dos animais e prendiam ao corpo fazendo amarras e ligações com ossos. O couro se ajustava bem ao corpo, permitindo movimento. Interessante ressaltar que os homens só trocavam de pele quando a que estavam usando caia aos pedaços, literalmente.
No período neolítico (pedra polida), há cerca de 10 mil anos atrás, o homem descobriu como tecer algumas plantas, a fim de obter sua proteção corporal. Basicamente peças simples de linho e lã, que protegiam do sol quente do verão. No inverno as peles de animais eram utilizadas como mantas, uma espécie de casaco apenas jogado nas costas para aquecer.
Egito e Mesopotâmia foram os primeiros locais a aparecerem as civilizações, propriamente ditas, há cerca de 5 mil anos. Não há muitos registros quanto ao vestuário dos homens da Mesopotâmia, mas de acordo com os desenhos das catacumbas egípcias, o vestuário continuava sendo feito de linho e em modelo básicos. Os homens usavam saiotes até os joelhos e as mulheres uma espécie de vestido longo. Os escravos usavam somente branco ou não usavam roupas, e os mais ricos utilizavam túnicas transparentes, de linho fino. Mais tarde houve o aparecimento da seda, porém em pequena escala, onde somente os muito ricos poderiam adquirir que era trazida do extremo oriente e vendida pelos semitas, principalmente os fenícios.
Catacumba Egípcia: Google Images |
Quem iniciou a moda, efetivamente, foi o povo persa, que usava em suas viagens uma espécie de calça sob medida, o que proporcionava conforto. Como era um povo comerciante, passou a divulgar este modelo de vestuário, que se desenvolveu na Europa, substituindo as túnicas em muitos momentos.
Na Grécia Antiga, onde havia a busca pela perfeição da simetria, as túnicas tinham formatos retangulares, simétricos e seguiam utilizando o linho. Mais tarde a seda e o algodão, assim como as cores, se espalharam pelas sociedades.
Durante a Idade Média, os nobres utilizavam ricas túnicas de seda, bordadas com ouro e pedrarias, enquanto os camponeses vestiam túnicas simples e calças de linho, algodão ou couro. De início as roupas eram feitas em casa, porém, com o passar do tempo, criaram casas especializadas em roupas, onde os artesãos as mediam e costuravam com melhor caimento. Os homens começaram a utilizar mangas e meias por baixo das vestimentas, e as mulheres ataram mais firmemente suas túnicas na parte superior do corpo. Ainda nesta época, a cor avermelhada do vestuário ficava somente com a nobreza, enquanto os pobres ficavam com as cores “naturais” – cru, branco, preto, cinza ou azul (o azul era extraído a partir da ureia da urina dos artesãos e tintureiros). Somente a partir de 1500, as mulheres nobres passaram a utilizavam o espartilho, costume que perdurou até o final do século XIX.
Roupa Medieval: Google Images |
No Renascimento a moda mudou na Espanha e na França, e os homens passaram a usar casacos mais grossos, saias até os joelhos e meias-calças finas. Enquanto as mulheres usavam enormes chapéus e vestidos enormes e enfeitados. No Reino Unido foi um pouco diferente, já que os indivíduos preferiram utilizar calças, camisas e vestidos mais simples.
Com a Revolução Industrial, ocorreu a produção em larga escala de. O que antes duas centenas de artesãos faziam, agora uma máquina somente produzia. Alta produção e baixo preço, isso fez com que a moda pudesse variar com facilidade.
Com a ascensão do cinema e televisão, na década de 1950, o vestuário das celebridades passou a ser referência na produção.
Curiosidade 1: As mulheres usaram saias longas até início do século XX, e então encurtaram a vestimenta. Após a Segunda Guerra Mundial, tiveram que aprender a utilizar calças e calções para andar de bicicleta – já que havia o racionamento de gasolina, então não podiam usar os carros.
Curiosidade 2: A camisola foi inventada juntamente com a popularização do cinema e televisão. Até meados do século XX, as mulheres não utilizavam esta peça do vestuário. Em geral, para dormir, usava-se uma túnica simples, sem apelo sensual.
Curiosidade 3: Na década de 1920, os cortes das roupas femininas eram totalmente retos por uma razão: a mulher sensual não tinha curvas, seios ou quadril. A atenção e sensualidade ficavam nos tornozelos das damas.
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