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História do vestuário: breve visão do Paleolítico à década de 1950

No período paleolítico (pedra lascada), entre 13 e 12 mil anos atrás, o vestuário era composto, basicamente, por couro de animais caçados. Os homens retiravam a pele dos animais e prendiam ao corpo fazendo amarras e ligações com ossos. O couro se ajustava bem ao corpo, permitindo movimento. Interessante ressaltar que os homens só trocavam de pele quando a que estavam usando caia aos pedaços, literalmente.

No período neolítico (pedra polida), há cerca de 10 mil anos atrás, o homem descobriu como tecer algumas plantas, a fim de obter sua proteção corporal. Basicamente peças simples de linho e lã, que protegiam do sol quente do verão. No inverno as peles de animais eram utilizadas como mantas, uma espécie de casaco apenas jogado nas costas para aquecer.

Egito e Mesopotâmia foram os primeiros locais a aparecerem as civilizações, propriamente ditas, há cerca de 5 mil anos. Não há muitos registros quanto ao vestuário dos homens da Mesopotâmia, mas de acordo com os desenhos das catacumbas egípcias, o vestuário continuava sendo feito de linho e em modelo básicos. Os homens usavam saiotes até os joelhos e as mulheres uma espécie de vestido longo. Os escravos usavam somente branco ou não usavam roupas, e os mais ricos utilizavam túnicas transparentes, de linho fino. Mais tarde houve o aparecimento da seda, porém em pequena escala, onde somente os muito ricos poderiam adquirir que era trazida do extremo oriente e vendida pelos semitas, principalmente os fenícios.
Catacumba Egípcia: Google Images
 Neste mesmo período, os fenícios encontraram uma planta capaz de liberar um extrato de um molusco, chamado múrex, na cor púrpura, onde poderiam tingir os tecidos de linho. Novamente, estes eram adquiridos somente pelos ricos, já que o custo era elevado. Então era fácil distinguir os ricos e os pobres: os primeiros vestiam-se com roupas púrpuras, avermelhadas, e os últimos de linho preto, branco ou cinza. Vestir-se de vermelho era sinal de nobreza.

Quem iniciou a moda, efetivamente, foi o povo persa, que usava em suas viagens uma espécie de calça sob medida, o que proporcionava conforto. Como era um povo comerciante, passou a divulgar este modelo de vestuário, que se desenvolveu na Europa, substituindo as túnicas em muitos momentos.

Na Grécia Antiga, onde havia a busca pela perfeição da simetria, as túnicas tinham formatos retangulares, simétricos e seguiam utilizando o linho. Mais tarde a seda e o algodão, assim como as cores, se espalharam pelas sociedades.

Durante a Idade Média, os nobres utilizavam ricas túnicas de seda, bordadas com ouro e pedrarias, enquanto os camponeses vestiam túnicas simples e calças de linho, algodão ou couro. De início as roupas eram feitas em casa, porém, com o passar do tempo, criaram casas especializadas em roupas, onde os artesãos as mediam e costuravam com melhor caimento. Os homens começaram a utilizar mangas e meias por baixo das vestimentas, e as mulheres ataram mais firmemente suas túnicas na parte superior do corpo. Ainda nesta época, a cor avermelhada do vestuário ficava somente com a nobreza, enquanto os pobres ficavam com as cores “naturais” – cru, branco, preto, cinza ou azul (o azul era extraído a partir da ureia da urina dos artesãos e tintureiros). Somente a partir de 1500, as mulheres nobres passaram a utilizavam o espartilho, costume que perdurou até o final do século XIX.
Roupa Medieval: Google Images
No Renascimento a moda mudou na Espanha e na França, e os homens passaram a usar casacos mais grossos, saias até os joelhos e meias-calças finas. Enquanto as mulheres usavam enormes chapéus e vestidos enormes e enfeitados. No Reino Unido foi um pouco diferente, já que os indivíduos preferiram utilizar calças, camisas e vestidos mais simples.

Com a Revolução Industrial, ocorreu a produção em larga escala de. O que antes duas centenas de artesãos faziam, agora uma máquina somente produzia. Alta produção e baixo preço, isso fez com que a moda pudesse variar com facilidade.
Com a ascensão do cinema e televisão, na década de 1950, o vestuário das celebridades passou a ser referência na produção.

Curiosidade 1: As mulheres usaram saias longas até início do século XX, e então encurtaram a vestimenta. Após a Segunda Guerra Mundial, tiveram que aprender a utilizar calças e calções para andar de bicicleta – já que havia o racionamento de gasolina, então não podiam usar os carros.

Curiosidade 2: A camisola foi inventada juntamente com a popularização do cinema e televisão. Até meados do século XX, as mulheres não utilizavam esta peça do vestuário. Em geral, para dormir, usava-se uma túnica simples, sem apelo sensual.

Curiosidade 3: Na década de 1920, os cortes das roupas femininas eram totalmente retos por uma razão: a mulher sensual não tinha curvas, seios ou quadril. A atenção e sensualidade ficavam nos tornozelos das damas.
Camila

Camila

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