Como vimos na primeira parte da Saga dos Tárias, estes aprenderam a se
reproduzir observando os cervos. Como todas as noites os casais repetiam o que
tinham aprendido, não demorou a que os descendentes chegassem. Também
aprenderam a plantar e criar animais. Como já foi dito, os tárias ficavam no
rio Uapés, no Amazonas. Então, observando os patos sobre o rio, imaginaram se
um dia conseguiriam “andar” sobre as águas, assim como os patos.
Os índios passaram da observação para a ação: o cacique atirou um dos
seus nas águas exigindo que fizesse assim como os patos. O pobre índio jogado
no rio debateu-se e só não afundou graças aos seus companheiros que o tiraram
de lá. Mas os tárias continuaram tentando e, um dia, um deles viu um pau de
bubuia flutuando e, ao agarrar-se ao tronco, deixou de afundar. Depois, com
mais prática, conseguiu direcionar o tronco para onde queria.
O índio voltou à aldeia e contou sobre o ocorrido, e levou a todos até
o rio para que testemunhassem o fato. Montando em sua boia improvisada, ele
jogou-se no rio e “andou” por sobre as águas sem afundar. Então os tárias
aprenderam a “andar como os patos sobre as águas” e, logo depois, construíram
sua primeira embarcação, atando uns troncos aos outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário